Escolhendo uma linguagem de programação: Aprendizado

·

3 min read

Dando continuidade à série sobre como escolher uma linguagem de programação para um novo projeto, vamos analisar a segunda variável: o aprendizado. Você deve estar se perguntando: por que ele incluiu essa variável? A resposta é simples: porque quanto mais rápido você aprender o suficiente sobre a linguagem, mais rápido você estará programando. A seguir, citarei alguns fatores que dizem se a linguagem é fácil ou difícil de aprender no meu ponto de vista.

Paradigma

As linguagens de programação têm um certo padrão ou forma de tratar um problema e escrever o algoritmo utilizando certas estruturas semânticas, sintáticas e léxicas. Um paradigma é basicamente esse padrão comum entre certo grupo de linguagens de programação. Isso sem falar que algumas linguagens suportam vários paradigmas, ficando a cargo do programador escolher o melhor para o problema. Há algumas questões mais formais e teóricas relacionadas aos paradigmas de programação, mas vou pular essa parte e mostrar dois exemplos clássicos: orientação a objetos e funcional.

De forma resumida e superficial, a orientação a objetos foi concebida como uma forma de escrever programas baseado em comportamentos e estados de objetos do mundo real ou entidades participantes do modelo de negócios, dessa forma a linguagem comum entre analistas de sistemas e analistas de negócio favoreceriam uma modelagem do sistema fiel aos requisitos funcionais solicitados pela área de negócios. O uso desse paradigma é difundido em várias áreas, ultimamente sendo mais comum em sistemas comerciais e jogos. É a mais famosa atualmente. Já o paradigma funcional bebeu na fonte da matemática e da teoria da computação, atingindo um formalismo próprio para a resolução de problemas ligados às áreas de inteligência artificial, tomada de decisões automáticas e análises de dados. A estrutura básica desse tipo de linguagem é a função.

Com base no que escrevi anteriormente é mais fácil aprender uma linguagem orientada a objetos do que uma funcional. Por outro lado é necessário avaliar se o seu problema é mais fácil de solucionar utilizando outro paradigma.

Documentação

Essa parte conta muito! Imagine, você com dificuldades à procura de uma solução para um problema. Então faz algumas buscas na Internet e pronto! Achou a solução! Aquele método ou função disponibilizado pela própria API padrão da linguagem de programação. É, uma linguagem bem documentada, com vários sites e livros a respeito com certeza ajuda bastante no aprendizado e aumenta a produtividade do programador.

Comunidade

Isso é um fato que já constatei: quanto mais programadores utilizam uma linguagem, mais ela possui documentação. Não é difícil achar fóruns e listas de discussão a respeito de Java ou C, por exemplo. Assim essas pessoas podem te ajudar em algum instante. Algum colega de profissão próximo pode te dar os macetes e dicas para o aprendizado mais rápido e passar por cima de muitas complicações.

Ferramentas

Não considero muito producente programar no bloco de notas do Windows e compilar um projeto Java com 20 classes e 10 bibliotecas usando a linha de comando. Então é mais fácil de aprender quando você usa um IDE de qualidade ou pelo menos um editor de código fonte que faça o destaque da sintaxe da linguagem. E no dia-a-dia, quanto mais facilidades (auto-completar, gerenciamento de bibliotecas de terceiros, controle de versão, etc.), mais produtivo e rápido será o desenvolvimento.

Conclusão

Acabei de mostrar algumas características para você analisar em relação à escolha de uma linguagem de programação numa análise da variável Aprendizado. Algumas linguagens de programação são muito complexas e nem sempre você aprenderá tudo sobre ela ou como usá-la da maneira mais eficiente, por isso quanto mais conhecimento sobre a linguagem escolhida para o projeto, mais rápido os resultados das horas de trabalho aparecerão. Próximo artigo avaliarei a variável Mercado. Fiquem ligados.